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REVISÃO COMPLETA NO KIT EMBREAGEM
Pequenos descuidos podem provocar grandes problemas. Todas as peças devem ser controladas visual e funcionalmente com todo o cuidado, antes da montagem. O caminho percorrido por uma peça de reposição, da fábrica até a oficina é muitas vezes longo. Na desmontagem de peças a serem repostas, principalmente de veículos não conhecidos, observar atentamente a posição e condição de montagem original, como por exemplo o disco de embreagem, pois nem todos possuem a marcação “lado do volante” gravada.
Principais causas de defeitos:
1) O Rolamento de Guia do Eixo Piloto:
Esta é uma peça pequena, que pode causar grandes defeitos: Quando travado, não é possível mais debrear-se. Causa ruído e também desalinhamento, consequentemente destruição do amortecedor do disco. Além disso, provoca
desbalanceamento
2) Retentores dos Eixos:
Pequenos vestígios de óleo ou graxa influem negativamente nas funções da embreagem. Vestígios de óleo no compartimento de embreagem ou no platô indicam que os retentores precisam ser substituídos. Em veículos velhos ou com alta quilometragem, os retentores devem ser impreterivelmente substituídos. Eixos mal vedados sempre foram os maiores causadores de problemas para embreagens.
3) O Volante:
O volante, como companheiro de trabalho do disco de embreagem, fica marcado (riscado) após longo tempo de uso. Trincas, marcas azuladas, sulcos profundos etc., indicam claramente que houve superaquecimento. É necessário que estas marcas sejam eliminadas quando possível, caso contrário substituí-lo. O retrabalho, isto é, a retífica, deve ser feita porém dentro das tolerâncias prescritas pelo fabricante do veículo. É importante também observar que a superfície de fixação do platô através dos parafusos, deve ser retrabalhada para que se mantenha a mesma altura da peça nova.
4) A Bucha de Guia do Rolamento de Embreagem:
A bucha de guia deve estar absolutamente concêntrica e exatamente paralela com o eixo piloto da transmissão. Áreas amassadas ou gastas da bucha podem prejudicar o deslizamento da mesma e causar patinação ou trepidação da embreagem.
Obs.: A área de contato dos dedos (linguetas) da mola membrana indica se a centralização estava em ordem.
5) O Rolamento da Embreagem:
Na oficina não é possível executar um controle do funcionamento do rolamento de embreagem. Por este motivo o mesmo deve ser trocado em caso de irregularidades, tendo que correr livremente sobre a bucha de guia. Utilizar sempre a graxa especificada (graxa grafitada-homocinética) e o excesso deve ser retirado.
6) O Garfo de Debreagem:
Verificar se o mesmo movimenta-se livremente. Excesso de folga prejudica o curso de debreagem. Desgaste irregular nas áreas de contato com o rolamento pode provocar rebarba no mesmo e prejudicar sua livre movimentação.
7) A Centralização:
Muitas vezes isto não é corretamente observado. Consequência: destruição da embreagem em um tempo relativamente pequeno de uso. Observar atentamente a centralização do volante e da carcaça do câmbio.
8) Disco de Embreagem:
Os discos de embreagem, atualmente construídos para serem os mais leves possíveis, reagem ao serem mal manuseados, isto é, caso recebam pancadas ou deformações, poderão produzir batimentos (saltos) axiais. Apesar de cada disco ser controlado na fábrica da LuK quanto a batimento axial e giro-livre, é impossível garantir que durante o longo caminho até a oficina, não receba uma pancada ou deformação. Por este motivo é necessário que cada disco seja controlado quanto ao batimento axial antes da montagem (lado do motor máx. 1,0mm). Reclamações sobre disco com batimento axial não serão aceitas.
9) Eixo Piloto e Eixo da Tomada de Força:
As guias e retentores entre ambos os eixos devem ser controlados. Observar também se os eixos movimentam-se livremente.
10) Rolamento de Embreagem para Embreagem Dupla:
Controlar cuidadosamente a face sobre a qual desliza o rolamento maior.
Fonte: www.cosimpor.pt/downloads/file31_pt.pdf - Manual de Embreagem